Nascida em 10 de junho de 1951, em São Paulo, Laerte Coutinho é uma das mais importantes cartunistas e ilustradoras do Brasil.
Laerte estudou comunicações e música na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, embora não tenha concluído o curso. Seu talento para o desenho a levou a participar de várias publicações, incluindo a revista Balão e O Pasquim, além de colaborar com revistas de renome, como Veja e Istoé, e jornais como Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo.
Ao longo de sua carreira, Laerte deu vida a diversos personagens memoráveis, como os Piratas do Tietê e Overman, conquistando um lugar especial no coração do público. Ela também colaborou com outros talentosos cartunistas, como Angeli e Glauco, na criação das tiras de Los Três Amigos.
Além de sua notável carreira no mundo das artes, a vida de Laerte teve seus desafios pessoais. Em 2005, ela enfrentou a trágica perda de um de seus três filhos, Diogo, em um acidente de carro.
Em 2010, Laerte surpreendeu o público ao revelar em uma entrevista à Folha de S.Paulo que estava passando por uma transformação pessoal. Ela começou a praticar o crossdressing e se identificou como pessoa transgênero. Essa jornada a levou a uma fase de maior visibilidade na mídia e, em 2012, ela co-fundou a ABRAT - Associação Brasileira de Transgêneros, uma instituição dedicada a questões de gênero.
A carreira de Laerte não se limita apenas aos quadrinhos; ela também atuou como roteirista em programas de televisão, incluindo TV Pirata e Sai de Baixo. Além disso, ela contribuiu para programas infantis, como TV Colosso, e trabalhou em projetos de animação, como "Los tres amigos".
Laerte também teve incursões no cinema, sendo protagonista de um curta-metragem intitulado "Vestido de Laerte" em 2012, que recebeu reconhecimento em festivais de cinema.
Seu impacto no mundo das artes e sua coragem ao compartilhar sua jornada pessoal a tornam uma figura inspiradora e importante na cultura brasileira. Laerte continua a ser uma voz influente na discussão de questões de gênero e identidade em nosso país.
Foto: Filipe Redondo
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