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Keila Simpson


Keila Simpson é uma das mais influentes ativistas Trans no Brasil e desempenha um papel crucial na luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+. Nascida em Pedreiras, no interior do Maranhão, Keila compreendeu sua identidade trans aos 14 anos de idade. Antes de se tornar uma ativista, ela trabalhou como empregada doméstica em Teresina e atuou na prostituição.


O seu envolvimento com o ativismo começou em 1991, quando conheceu Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB). Ela intensificou sua militância em 1995, ao criar a Associação de Travestis de Salvador, durante o auge da pandemia de HIV/Aids. Três anos mais tarde, em 1998, Keila fundou a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), registrada como pessoa jurídica em 2002, tornando-se uma das mais importantes organizações do movimento trans no Brasil.


Um marco em sua trajetória foi o lançamento da campanha "Travesti e Respeito" em 29 de janeiro de 2004, no Congresso Nacional, em Brasília. Esta data posteriormente foi escolhida como o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Além disso, Keila teve participações significativas em várias outras organizações e comitês, incluindo a vice-presidência da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) e a coordenação do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos de LGBT na Bahia.


Em 2013, seu comprometimento com a causa LGBTQIA+ foi reconhecido quando ela recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos das mãos da então presidente Dilma Rousseff. Keila continuou a defender os direitos trans, e em 2022, foi eleita para a Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), representando a Bahia e o Sergipe. No mesmo ano, enfrentou desafios ao ser detida no aeroporto da Cidade do México por não possuir documentos pessoais retificados, um incidente que ela interpretou como uma discriminação por ser trans.


Keila também foi reconhecida pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) como a primeira travesti Doutora Honoris Causa do Brasil, uma conquista histórica que ela valoriza especialmente considerando sua trajetória educacional interrompida devido à discriminação. Essa honraria reflete o reconhecimento de sua luta e contribuição à causa trans.


Recentemente, Keila manifestou preocupação com a ausência de cotas para pessoas trans e travestis no Concurso Nacional Unificado, apontando a falta de sensibilidade do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) diante desta demanda. Ela e outros ativistas, incluindo a deputada Erika Hilton, solicitaram esclarecimentos e reuniões emergenciais, mas ainda não receberam uma resposta.


Através de sua liderança na Antra e outras organizações, Keila Simpson continua a ser uma voz poderosa e influente na luta pela igualdade e inclusão de pessoas trans e travestis na sociedade brasileira, impulsionando mudanças significativas e promovendo a visibilidade e os direitos desta comunidade.


Foto: Reprodução/Acervo pessoal


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